Dr. Project Point Blank

Point Blank, provavelmente, a primeira banda de blues real na antiga Iugoslávia, suficientemente honesta e corajosa para mergulhar profundamente no idioma do blues na época em que a música estava sobrecarregada com estilos muito diferentes do blues, além de lutar contra a opinião firmemente estabelecida de que os Bálcãs não poderiam lidar com esse tipo de sentimentos que surgiam das profundezas sombrias da tradição espiritual da sociedade negra americana. A língua inglesa finalmente solidificou o preconceito, afastando a ideia de tocar música blues como uma forma de expressão musical já altamente respeitada. Mas..., como sempre acontece, algo estava se arrastando para fora do porão! O início do verão de 1983 encontrou Dragoljub Crncevic-Baki, o filho pródigo, e dois amigos seus, Timothy Davis, um americano, e Michael Sulc, um australiano, vindo visitar a cidade natal de Baki, Belgrado, onde em algum lugar nas sombras languidecia Dragan Markovic, conhecido como Mare di Luna, esperando por uma oportunidade para bater à porta! Esse verão foi tão bom quanto qualquer outro, e quase do nada surgiu a primeira verdadeira banda de blues da Iugoslávia, Dr. Project - Point Blank. Durante aquele verão, Dr. Project - Point Blank ostentava uma reputação bastante sólida como um grupo de blues por meio de suas aparições ao vivo, o que levou à ideia de gravar o primeiro LP da Iugoslávia em inglês, inteiramente autoral, que iria desde o bottleneck até o blues elétrico urbano baseado nos estilos de guitarra do centro de Chicago e Detroit. Novamente, como sempre acontece, o baterista Michael Sulc sentiu saudades de casa e partiu. Pouco depois, outro excelente baterista, Miroljub Vilotijevic, foi adicionado ao grupo. As coisas começaram a se mover...! O Sr. Djordje Debac, produtor musical da PGP-RTB, foi inteligente o suficiente, após ouvir a demo, por não mais que cinco minutos, para dar ao grupo o primeiro contrato. O tempo necessário para a gravação em estúdio chegou. O conjunto mencionado acima, composto por D. Crncevic-Baki (vocal, guitarra), D. Markovic (guitarra), Timothy Davis (vocal, baixo) e M. Vilotijevic (bateria, percussão), deu à luz seu primeiro filho e deu a ele seu nome cristão, The Blues! Após o lançamento do primeiro álbum bem recebido pela crítica e aclamado pelo público, o Point Blank provou, pela primeira vez na história do rock da Iugoslávia, que a língua inglesa e a expressão musical em sua forma de blues não poderiam ser uma barreira para se aproximar de um público mais amplo. Esse fato abriu as portas para a formação da cena de blues estável primeiro em Belgrado, depois em outras cidades como Novi Sad, Nis, Zagreb, etc. Finalmente, o blues se incorporou ao corpo musical da Iugoslávia para sempre. Na época do primeiro LP, infelizmente Timothy Davis partiu e foi substituído brevemente pelo recém-chegado Sasa Labudovic. No entanto, pelo segundo álbum, a direção do grupo começou a se afastar do blues, como evidenciado em faixas como Glass Rider e Sisters of Mercy, além de experimentar com o ritmo em Broken Toillette's Seat Blues, mostrando complexidade necessária nos arranjos ao longo do material. Bem composto, arranjado e imaginativo, Dr. Project - Point Blank, o segundo álbum, continua sendo possivelmente o melhor álbum do Point Blank até hoje. No final do verão de 1986, não muito tempo após uma turnê muito bem-sucedida pela Europa Central, devido a tensões internas, D. Markovic partiu para formar seu próprio grupo, Di Luna Blues Band, que está indo bem desde então. A substituição foi encontrada em Aleksandar Kozakijevich, com quem a banda continuou tocando em toda a antiga Iugoslávia. No final de 1991, veio a conhecida crise. A Iugoslávia foi dividida e a banda se desfez completamente. Point Blank entrou em um período de hibernação. Durante 1995 e 1996, o Point Blank surgiu como um trio, D. Crncevic (vocal, guitarra) com R. Bulatovic (baixo) e M. Karlovic (bateria), lançando o bastante decepcionante Southern Comfort, seu terceiro álbum, se desfazendo pela segunda vez após um punhado de shows. Na tentativa de ressuscitar o Point Blank, D. Crncevic reuniu uma formação completamente nova composta por A. Kozakijevich (guitarra), D. Grujic (teclados), D. Petrovic (baixo), G. Ilic (bateria) (que substituiu B. Balos), com a adição do terceiro guitarrista B. Milosevic. Esta formação gravou o muito melhorado Sunny Sky, o quarto álbum, no final do verão de 1997. Nessa formação, o Point Blank fez turnês pela Iugoslávia, Macedônia e Itália durante 1997 e 1998. Pouco depois do Natal de 1998, todos os membros saíram, exceto o tecladista Darko Grujic e o membro fundador Dragoljub Crncevic. Dois jovens músicos foram trazidos, Zoran Milenkovic no baixo e Jovan Pejcinovic na bateria, que completaram o novo e rejuvenescido quarteto, pronto para morder forte! Após alguns meses de ensaio durante 2000, essa nova formação ocupou o estúdio, por uma semana durante dezembro do mesmo ano, e gravou um excelente LP, tendo John O'Leary, proeminente herói britânico da gaita, como convidado. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.